segunda-feira, 5 de outubro de 2009

E na beira do surtar, me dei conta que é a hora de apontar os culpados. Aquelas pequenas coisas que inofensivamente me fazem mal. As inverdades, as relevações, a falta de compromisso e a ausência. Posso tentar definir de forma confusa o que se passa dentro desse emaranhado de ideias e chegar a conclusão de que ninguém melhor do que eu para resolver essa situação.
Não existiu um acontecimento que me despertou e apontou meus desvios de humor. Percebi hoje, quando acordei, depois de mais uma noite em claro e uma tarde improdutiva sobre a cama que não era o meu eu que estava dominando. Pensei em Deus, pensei nos meus pais, e pensei o porque da música lá fora estar tão alta, sendo que o momento por aqui não era de festa. Mero egoísmo, optei por continuar deitada tapando a cabeça com o cobertor, que já estava enrolado por todo o meu corpo, mesmo sendo um daqueles dias que lembram o verão. Insisti e consegui voltar a dormir, sonhei três vezes com a mesma coisa, ou acordei e não percebi que estava lembrando do meu sonho. Conversei em pensamento com meus irmãos, chorei baixinho para não atrapalhar meu próprio sono.
Me despertaram. Queriam que eu saísse de casa e fosse ver a bola brilhante que estava apontando alto, lá no céu. Eu não quis, preferi ver da minha janela a lua cheia que sem vergonha nenhuma, iluminou meu rosto. Andei pela casa, procurei o que fazer, me toquei que se quisesse fazer algo teria de abrir a porta e sair para rua. Me joguei de novo na cama, na esperança de alguém aparecer e compartilhar comigo um pouco da angústia que vinha me cercando, aos poucos, silenciosamente.
Alguém me ligou e disse que estava chegando em casa. Que alívio. Conversei por horas sobre os problemas dos outros, e mais uma vez cai na real: Gabriela, você também deve estar com problemas. Até agora estou com essa história na cabeça. Queria ter uma cartilha com os ensinamentos, com as soluções para sair ilesa de certas situações. Não consegui esfriar a cabeça. Não consegui saciar a fome de respostas. Não consegui dormir.
Quis dizer a meio mundo que preciso mais deles, mais atenção, mais carinho, mais respostas e mais vitórias. Minha vida amorosa é um desastre, não sou a filha exemplar, não tenho a preferência de nenhum dos meus professores, e eu imploro todo dia por atenção... atenção essa que todos dizem existir. Nas tentativas frsutadas de me fazer mudar, disseram que eu deveria contar mais sobre mim, no entanto, nenhum desses que condenaram meu silêncio abriram seus ouvidos e olharam nos meus olhos pedindo que eu falasse como foi meu dia. Desabafo aqui, minhas crises, meus desejos, minhas frustrações, para quem sabe um desses quem tanto reprovam minha conduta venha até mim e diga que hoje eu vou ter uma hora só para detalhar o que tanto eu quero dizer.
Não agirei de forma diferente da que venho agindo. Não tirarei o sorriso do rosto nem ficarei distante dos que caminham comigo. Apenas pensarei mais no colo da minha mãe e na possibilidade de desfazer esse nó aqui dentro.

2 comentários:

  1. e isso porque você é do tipo que não se abre... rs
    bastam apenas os olhos que saibam ler nas entrelinhas...
    isso ai bi, bota pra fora mesmo, não importa quem leia/ouça enfim...

    nunca tive a intenção de mudar o seu jeito, afinal de contas foi ele que me cativou.. acho que aquilo que eu e todos os "outros" tentamos é aliviar um pouco do sofrimento em seu olhar... botar pra fora, embora difícil, resulta num alívio... =]

    bom.. sei lá.. pra variar falando mais que a boca...
    te amo! e você sabe que eu tô aqui!
    ;**

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  2. Meeeeeeeeeeeenina , ta de paarabens * - *
    mt show o que diiz aqui , to deslumbrada (Y)

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