segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Meio balanço

E por enquanto eu fico pensando: será que sobrevivi a 2009?
Ainda não sei bem, o ano não acabou. Entretanto, eu não acredito que tudo possa mudar ao fim de mais um ano. Sei que dependerá apenas de mim enterrar o que há tempos fez doer, e que mais uma vez não se mostrou possível.
Hoje eu descobri que contos de fadas não existem mesmo. E que uma dose de sinceridade poderia ser dispensada.
Eu vou no mesmo passo que vocês, dessa vez desejando um colo e sossego, quem sabe um pouco de amnésia e surpresas. Quero trocar de papo, quero mudar o tom, sorrir a toa, chegar sem hora marcada e correr com você por perto.
Eu não quero uma surpresa de papel brilhante e laço de fita, preciso dos erros e acertos de uma de carne e osso. Ah, eu preciso...

domingo, 20 de dezembro de 2009

Muitas vezes tempo

Eu só preciso de um tempo. Digerir aquela montanha de coisas que rolaram pelo caminho. Só um tempo para esquecer o que doeu e dar boas vindas aos novos senhores da casa. Ainda não sei bem quanto tempo, mas eu já rasguei o calendário. E ah, aceitei que o dia só termina quando o meu sol para de brilhar.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cadê?

Hoje só me cansei de implorar sua atenção. Não vou pedir mais por um beijo de boa noite, ou abraço de bom dia. Querido, não vou mais te forçar a ser aquilo que você não é mais. Mas sabe o que me deixa encabulada? Foi você que começou tudo isso. Essa sua ânsia em me fazer bem, passou? Ótimo, mas lembre-se, como ser humano eu me acostumo com o que é cômodo, e carinho era o que eu precisava.
Já me doei tanto para você que ao lembrar dos pensamentos tolos que tenho, atrapalho ideias e te culpo, pelo puro prazer de me livrar.
Pode dizer que é ciúme que eu não vou exitar. Retrucarei: 'ás vezes você não quer perceber que não precisa mais de mim'.
Sabe Querido, eu só não quero ter que levantar mais uma vez. Eu já cansei do meu próprio drama, entretanto, ainda não vou dispensá-lo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

De leve

Eu sou mais dramática que você. Por quê? Convenço melhor, tenho PHD nessa habilidade e não é em uma conversa de cinco minutos que as ideias vão mudar de mão.
Eu juro que não te entendo menino, e isso já não me diz respeito, apenas intriga. Não meço seus passos, nem procuro por eles: eles simplesmente chegam até mim, como carta endereçada, mas com diferentes remetentes. Cheguei a mencionar que não te entendo? Você anda sofrendo? Caminhando sem rumo e escutando músicas que até te fazem lembrar do seu amor... Não? Então o que é? Seria a necessidade de esquecer e o sentimento de obrigação que te faz cobrir sua vida como uma criança faz com seu desenho.
Procurei justificativas para o que me disseram vir de você. Nem todos entenderam minha reação, mas eu gosto de me fechar no meu mundinho, fechar a janela da alma, recolher-me ao silêncio sem respostas, e da companhia da falta. Sabe de uma coisa? Vou permanecer aqui, sem pressa, só de olho na calmaria que se aproxima, mas ainda pensando se seu egoísmo é sincero.

Obs.: Um dia eu vou me cansar disso, enquanto não acontece vou continuar especulando.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Aquele da falta

E por aqui eu conto dias, horas, minutos e segundos.
Quando acabar vai fazer falta, mas não vou me privar dessa insistente mania de reclamar de vocês.
Já que seus erros e acertos não me guiam a lugar algum, procuro buscar no fundo de uma vaga lembrança o que pode um dia fazer sentido.
É só saudade queridos, e vou acreditar nisso até que me provem o contrário.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Diferente

Sentei aqui determinada a escrever algo que me aliviasse por dentro. Quem sabe mudar a cara desarrumada que ando fazendo para alguns, e a falta de comprometimento que venho tendo com outros. Sabe, acho que nada do que for dito aqui vai mudar o que passa fora daqui, mas minha única alternativa é tentar.
Esses quatro dias que passaram trouxeram surpresas e frustrações. Desentendimentos, recordações, raiva, ressaca, nostalgia e turbulência. Tranquilidade? Essa aí não deu as caras mesmo.
Eu queria ter algo a dizer para alguém, porém é aparente o
cansaço de todos com uma história de começo torto e fim duvidoso. Poderia tentar falar algo para outro alguém, no entanto a motivação de tentar molda-lo ao meus desejos extrapolou todas as tentativas.
Ah meu querido, como me fez mal esse dia sem você. Não sei se essa crise de abstinência poderia ser chamada de primeiro passo, o primordial para te ver longe de mim. Será que você realmente me faz bem? Hoje percebi que é necessário aprender a não te ter, entretanto não é sempre que tudo vai bem, nessa empreitada em que entramos, de fazer algo diferente do que já tivemos, percebi que um erro pequeno pode acarretar grande dor.
Amanhã posso acordar sorrindo, fingir que esqueci o que doeu hoje e fazer de você apenas mais um. Um daqueles que bate a minha porta procurando uma pausa de alguns minutos para rir e ser ouvido, para falar e não ser esquecido.
Nunca fui orgulhosa querido, já perdoei o que era imperdoável, pedi desculpas mesmo quando o erro não foi meu, mas só dessa vez vou tentar ser o que eu nunca fui. Vou fazer diferente e esperar o resultado de tal atitude. Será que existiu um medo de me ligar? Do telefone ficar mudo ao seu ouvido mais um vez? Quem sabe você não venha até mim de olhos marejados e diga que independente das atitudes que tomamos e das tentativas que frustramos, você consegue superar mais uma vez e vira essa ampulheta da vida, deixando de atentar ao tempo determinado da nossa próxima queda.
Acho que ainda vou precisar de estômago para falar com você. Não é questão de repulsa, é pela fraqueza. E a questão
qual não deixarei fugir vai vir depois de um longo suspiro com os olhos fechados: O que de tão diferente faz a gente ferir um ao outro?
Terei de usar o diferente, pelo fato de sempre dizer que não somos como os outros.

Obs.: Tentei fazer de tudo para que essas palavras fossem para mim, mas seria injustiça não falar ou questionar quem não saiu da minha cabeça.

Obs2.: Pela manhã soube da novidade. E sua felicidade é o que importa menino, já que a minha ainda vai a procura de um par.

Obs3.: Quando digo que importa, minha ironia não faz parte disso. Abraço.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Empedrado


E de tudo que li e vi, me frusto com a descoberta de que nada foi para mim.
O tempo esclarece algumas coisas e deixa outras obscuras, menino.
E enquanto seus novos amores se deliciam com suas palavras, eu me envergonho em ter acreditado em algo que só existiu aqui.
Dê olá novamente a minha acidez, pois ela sempre te cortejou. Tzzzzz

Pago com amor

Só faço com que o medo do erro não pertube minha paz enquanto o caminho torto que escolhi siga sem essa luz que te rodeia.
Ainda posso ver a fumaça do seu cigarro, e sentir no ar o cheiro do seu perfume barato. A maneira coreografada que você penteia os cabelos e seu jeito descordenado de me fazer rir. Não sinto suas falta todos os dias, e hoje é um daqueles momentos em que eu não queria ver seu rosto, ouvir sua voz, ou sentir seus passos pela casa. Me condeno a cada hora e lhe peço perdão todo minuto. Não sei como você está e por vezes me sinto culpada por debochar do choro de criança que você derrama ao me ver partir. Peça a Deus junto comigo para ao final dessa longa batalha eu conseguir te reconfortar da dor em seus braços e pernas, das noites mal dormidas e da saudade que aperta. Enquanto eu fecho os olhos e digo em silêncio que te amo, seja para mim o que você sempre foi: meu herói.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Só um pouco

Ainda aprendendo a contar até dez e respirar bem fundo. Você nunca me deu outra alternativa.
E apesar dos pesares, eu ainda acredito em você do meu lado.
Enquanto isso eu fico aqui, contando os segundos para ver entre os véus que por vezes tapam minha vista, seu sorriso sincero de quem também quis voltar.
É daqui a pouco, e nós vamos aguentar até lá. Porque se saudade matasse eu teria nascido de novo para sentir saudade mais uma vez...

domingo, 18 de outubro de 2009

Embarque

Não é mais como antes, a confiança passou, o que resta aqui hoje querido, é a desconfiança. Ao invés de colocarmos sempre uma vírgula naquelas histórias por que não encerrarmos com um belo ponto final. Procuro entre suas palavras as verdades que costumo ver na boca de outros, verdades essas que não precisam ser contestadas e comprovadas, precisam ser apenas ditas.
Com você venho aprendendo que é bom manter os olhos bem abertos, um passo em falso não é raro, é constante. Nunca fui de comprovar fatos, porém não são apenas os seus argumentos que me fazem recorrer as insistentes perguntas, além deles seus trejeitos, olhares e entonações é que me dizem que algo ali está fora de mão.
Mentira dói. Experiências passadas já comprovaram isso. Funciona como se jogassem entre seus dedos uma bexiga, aparentemente inofensiva, mas que estoura ao simples espetar de uma agulha. Me entende agora? Sabe de uma coisa cara, você não me entende. Ainda me pergunto se em algum momento você quis fazer diferente. Voltar atrás no que disse e tentar reconstruir tudo o que suas antigas palavras ergueram.
O que te atrapalha são suas palavras, as mesmas que descrevem em situações as fantasias que rondam sua mente. Eu busco te entender, e me frusto ao saber que para o país da maravilhas que você criou eu ainda não tenho passaporte garantido.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Mais uma balada matonense

Você mora em uma cidade com quantos habitantes? 500 mil? 200 mil? 100 mil? Tudo bem, a cidade de onde eu venho provavelmente é menor que a sua. Matão tem 80 mil habitantes, número arrendodado pelos moradores que nunca se importaram em dizer que isso é a pura verdade. É evidente que as ambições de metrópole passaram bem longe daqui, da mesma cidade que usa como pontos de referência outras cidades do interior paulista... sim, se a Terra da Saudade não for o fim do mundo, já é concorrente para o posto.
As opções são poucas e é claro que a grande maioria dos matonenses escolhem a mesma. Festa grande, famosa, no estilo do interior, mas com um 'que' a mais: não é em Matão. Sim, você vê muita gente dizendo que não vai, não tem como. "Ah, sair de Matão esse fim de semana fica caro". Que pena, ou não, alguns conterrâneos vão ficar assistindo Serginho Groisman. Depois de se arrumar, ao olhar no espelho você repara na cara de animação. De quem? Sua é claro. O cheiro de programa de índio está impregnando seu quarto. O negócio é ir para a sala e esperar a carona. Você imaginou um carro cheio de amigos, que trazem no porta-mala um caixa de isopor abarrotada de cerveja gelada, whiskyes e energéticos. Mera ilusão, com a buzinada vamos até o carro. Ao som de Engenheiros do Hawai nos deparamos com um casal de namorados de maõs dadas.
Esse é o momento em que tudo faz sentido e o arrependimento de ter dito sim ao convite te faz engolir seco, ao mesmo tempo que você se ajeita no banco do carro. O caminho até a outra cidade segue tranquilo, até que você pensa: nada pode ser pior do que aquele churrasco com três pessoas desconhecidas e cerveja quente. Serviu de consolo.
Na entrada da festa uma multidão de pessoas... Tá preciso descrever isso de forma que o drama seja visto e interpretado da maneira correta, a que eu vi: uma multidão de pré-adolescentes e adolescentes com seus aparelhos dentários e sombrancelhas por fazer, gritando por qualquer motivo e lhe deixando a sensação de que você cresceu e seus dois fios de cabelo branco que apareceramm depois de algumas semanas de stress agudo, está sendo visto por todos, até pelo vigia de bigode e óculos escuros que acabou de acordar de um cochilo. Agora diga, pode ficar pior? Claro, eu sempre ouço por aí que desgraça vem de penca, e aquele dia era um dia propício. De repente você começa a reconhecer rostos. Um, dois, quatro, sete, quinze, vinte e três. Pois é, isso que dá morar em cidade pequena, rever amigos de infância, de escola, de lugar nenhum, aquele que você zuava quando era gordinho, aquele por quem você era apaixonada todos, todos reunidos no mesmo local. Queridos, nostalgia é um sentimento muito bonito e por vezes desejado, mas ah precisava de uma dose cavalar?
Você dá uma circulada e reconhece o ambiente, cumprimenta por aqui, faz comentários por lá e decide que a única salvação para aquela festa é a bebedeira, mesmo que a cerveja da festa seja Skol. Enquanto toca Lulu Santos você faz a lista de quem poderia estar ali, para zuar beber e causar. Lista feita, o negócio agora é interagir com o casal de pombinhos que realmente se esforça para que o pavio da vela logo termine. A ida ao banhiero é drástica. Mulher é realmente enojoada, quer ir ao banheiro com as quinze amigas exigindo que ele esteja limpo, tenha papel e que a fila não exista. Aquela mulher poderia ter pisado no meu pé com um salto fino, ter esbarrado em mim e derrubado minha cerveja, mas ela conseguiu me irritar apenas com o seu sotaque pernambucano. Nunca tive muito coisa contra os nordestinos, já que minha vó era baiana, mas juro que uma cabelça chata bêbada estressa qualquer um. Ela grita, causa, fura minha filha e ainda faz cara de brava. Dei-lhe um tapa na cara. Tá, esbofetiei só em pensamento... uma pena. Mais uma vez você tem que abstrair, ciente de que vão rolar mais encoxadas, mais bêbados e quem sabe um pouco de risadas.
Depois de um pouco de conversa, uma dançadinha e algumas latas de cerveja, que por sorte estava gelada, decide-se que o melhor a fazer é voltar para Matão e ir comer no lugar que sempre nos recebe bem, onde você encontra as mesmas peças que também tiveram a mesma ideia que você. A moral da história? Não me diga que o Baile do Hawai do Nautico em Taquaritinga é bom e diferente: tem tudo o que tem nos de Matão, inclusive os matonenses.


*Apesar dos pesares, eu me diverti. haha

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Entretanto

E na beira do surtar, me dei conta que é a hora de apontar os culpados. Aquelas pequenas coisas que inofensivamente me fazem mal. As inverdades, as relevações, a falta de compromisso e a ausência. Posso tentar definir de forma confusa o que se passa dentro desse emaranhado de ideias e chegar a conclusão de que ninguém melhor do que eu para resolver essa situação.
Não existiu um acontecimento que me despertou e apontou meus desvios de humor. Percebi hoje, quando acordei, depois de mais uma noite em claro e uma tarde improdutiva sobre a cama que não era o meu eu que estava dominando. Pensei em Deus, pensei nos meus pais, e pensei o porque da música lá fora estar tão alta, sendo que o momento por aqui não era de festa. Mero egoísmo, optei por continuar deitada tapando a cabeça com o cobertor, que já estava enrolado por todo o meu corpo, mesmo sendo um daqueles dias que lembram o verão. Insisti e consegui voltar a dormir, sonhei três vezes com a mesma coisa, ou acordei e não percebi que estava lembrando do meu sonho. Conversei em pensamento com meus irmãos, chorei baixinho para não atrapalhar meu próprio sono.
Me despertaram. Queriam que eu saísse de casa e fosse ver a bola brilhante que estava apontando alto, lá no céu. Eu não quis, preferi ver da minha janela a lua cheia que sem vergonha nenhuma, iluminou meu rosto. Andei pela casa, procurei o que fazer, me toquei que se quisesse fazer algo teria de abrir a porta e sair para rua. Me joguei de novo na cama, na esperança de alguém aparecer e compartilhar comigo um pouco da angústia que vinha me cercando, aos poucos, silenciosamente.
Alguém me ligou e disse que estava chegando em casa. Que alívio. Conversei por horas sobre os problemas dos outros, e mais uma vez cai na real: Gabriela, você também deve estar com problemas. Até agora estou com essa história na cabeça. Queria ter uma cartilha com os ensinamentos, com as soluções para sair ilesa de certas situações. Não consegui esfriar a cabeça. Não consegui saciar a fome de respostas. Não consegui dormir.
Quis dizer a meio mundo que preciso mais deles, mais atenção, mais carinho, mais respostas e mais vitórias. Minha vida amorosa é um desastre, não sou a filha exemplar, não tenho a preferência de nenhum dos meus professores, e eu imploro todo dia por atenção... atenção essa que todos dizem existir. Nas tentativas frsutadas de me fazer mudar, disseram que eu deveria contar mais sobre mim, no entanto, nenhum desses que condenaram meu silêncio abriram seus ouvidos e olharam nos meus olhos pedindo que eu falasse como foi meu dia. Desabafo aqui, minhas crises, meus desejos, minhas frustrações, para quem sabe um desses quem tanto reprovam minha conduta venha até mim e diga que hoje eu vou ter uma hora só para detalhar o que tanto eu quero dizer.
Não agirei de forma diferente da que venho agindo. Não tirarei o sorriso do rosto nem ficarei distante dos que caminham comigo. Apenas pensarei mais no colo da minha mãe e na possibilidade de desfazer esse nó aqui dentro.

domingo, 4 de outubro de 2009

Um pouco menos deles


Com as palavras certas você tem o poder de me dominar. Sim, você. Não olhe para o lado, nem tente imaginar que pode ser alguém que você conheça. Sou humana, muitas vezes decidida e por vezes influenciável. Sabe de uma coisa, já fiz coisas que eu não gostei para agradar a quem me faz bem. Não torça o nariz pensando que você nunca fez isso, pelo contrário, alguma vez na vida você correu para não ficar para trás, mesmo sabendo que não ia alcançar quem partiu primeiro. Viu, foi seu instinto.
Ainda vejo depois do nascer do sol pessoas como você caminhando sem olhar para o lado, talvez ela esfregue os dedos das mãos por ter visto alguém fazendo o mesmo. Ela pode acender o cigarro e levá-lo a boca posicionando-o milimetricamente no canto direito, tragá-lo com os olhos fechados e assoprar a fumaça com a cabeça erguida olhando para céu discretamente. É, pode ser instintivo, ao mesmo tempo que pode ter aprendido vendo seu pai fazendo da mesma maneira.
Já quis mudar o penteado, cortar aquela calça, ou parar de passar lápis nos olhos. Para quê? Para parecer com aquela menina que todos param para olhar. Mas, me dei conta que ia ser em vão. Vou dar destaque ao que tenho de diferente... quem sabe a pinta no lábio ou o cabelo bagunçado.
Estou ficando chata por tentar fazer apenas aquilo que quero. Não, não me entenda mal. Estou somente deixando de agradar a todos, praticando o não ser inteiramente agradável e sendo um pouco mais daquilo que os outros são comigo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Eu te aconselho.

Não foi a chuva, nem a data no caléndario, simplesmente percebi que passou. Não de uma hora para outra, mas mesmo assim. Comecei obserbando que ainda tenho muito para viver e logo depois, vi que isso pode acontecer com ou sem você. A certeza disso virá com os dias contados no calendário preso na parede.
Se chorei por esses dias, foi culpa da saudade. Daquilo que por vezes pensei haver perdido. Daquela que me recordo sempre, mas que não aparece com a mesma intensidade. Me faltam a presença de muitos, mas minhas palavras não são para eles...
Sabe, eu tentei dar conselhos. Vi-me tão sem ação na frente dele.O que veio pedir socorro quando o ar lhe faltou. Acho que me perco nas palavras, repito a mesma coisa cem vezes, mas de maneiras diferentes. Ah meu querido, eu queria poder te ajudar. Queria lhe garantir que como a minha dor, a sua também vai passar. Apresentar-lhe a certeza de que não deixa marcas mesmo contrariando o que sinto aqui. Você lutou por algo maior, pela mulher amada. Eu não.
Te imaginei chorando, deitado no sofá, na tarde de tempo estranho que dominou toda cidade. Sem sons. Apenas com o barulho da construção ao lado, como você mesmo contou. Confesso que fiquei com medo de te ver, não gosto de sentir pena do próximo. Pena não é um sentimento para se ter orgulho. É por isso que eu pretendo extingui-lo, de dentro de mim, é claro.
Preocupação. Resume-se assim minha tarde de quarta-feira, a partir do momento que você apareceu. Sem proteções, triste, inconformado, derrotado.
Nunca passei por nada parecido. Não tenho nenhuma história de superação para tentar te reerguer. Hoje posso apenas lhe oferecer meu colo junto de uma palavra de conforto. "Vai ficar tudo bem, meu querido". A única certeza que eu pude lhe ofertar foi a do tempo. Aquele que leva embora tudo o que é bom, e que desmancha o que é ruim.
Infelizmente não temos um comando que nos faça parar de amar, parar de sofrer, parar de chorar, parar de pensar. Tudo seria mais fácil se funcionasse dessa forma. ( E que graça teria, mas isso fica para outra hora.) No entanto, sempre ouvi por aí "Só errando, dando com a cara no chão, é que vamos aprender o que não mais deve ser feito." Machuca. Cicatriza. Cura. Passa.
Eu sei que aí dentro, de onde saem tantas palavras tristes há de existir uma força. E é essa que vai lhe fazer levantar, do mesmo modo que eu levantei. A trancos e barrancos, mas com alguma coragem de ver um sol nesses dias nebulosos.
Desculpe se comparei nossas histórias, companheiro. Sei que são tremendas as diferenças entre elas, mas mesmo assim te peço, me deixe falar o pouco que sei.
Depois de tudo o que foi conversado senti aqui dentro aquela vontade de tentar de novo, de correr mais um pouco e quem sabe alcançar a vitória. Um final feliz. Só que por hoje vou esperar. Esperar o meu susto passar, esperar as certezas que podem vir, esperar alguém chegar e quem sabe dizer: você pode ir tranquila, vamos fazer isso juntos.

Promete ficar bem? Promete me avisar, ao menos, quando não cumprir a primeira promessa? Promete chorar, mas o sufuciente para sentir-se aliviado? E por fim, promete viver para amar outra vez?!

Eu estou contigo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Enfim.

Ei menino, deixa eu te falar uma coisa: eu não sabia. Sempre fui de colocar o carro na frente dos bois, de dizer 'não faça isso' e me ver em instantes fazendo o que reprovei. Não é de hoje que venho me atrapalhando nas palavras, destilando meu veneno entre os corredores desse lugar, dizendo aos quatro ventos que eu não sou uma má pessoa, que eu quero o bem do próximo, ao mesmo tempo que julgo indivíduos pelo prazer de vê-los mal.
Eu já coloquei a culpa em você, em mim, neles, em que você imaginar, entretanto, ainda não vejo o motivo de tanto rancor em minhas mãos. Aconteceu. Acontece sempre, e continuará assim. Caminho por aí armada com argumentos que podem despir até o mais convicto dos nossos, mesmo sendo palavras falhas, construções que ao fundo não fazem sentido.
Eu nasci no dia 23 de agosto, sou virginiana, ainda não me sinto mulher e sou insegura. Sinto falta dos meus pais, choro de saudade, e sofro por orgulho. Já machuquei desde a unha do pé até a testa. Sempre fui teimosa mas, sou insistente até quando admito que errei. Eu erro sempre. Nunca arrasei corações. Ouvi uma vez "Gabriela, você tem que acreditar que as pessoas podem gostar de você; existe sentimento, a vida não é apenas uma questão de interesses". Sabe menino, eu ainda não acredito nisso.
Agora as borboletas na barriga não tem mais graça. Eu precisava dizer que muita coisa neste instante passou, mas temo pelo que há de vir. Estou desacreditada. Menino, o meu momento de tormenta não é sua culpa, não tome isso como mais um tijolo para a barreira que criei entre nós. E se possível pense como eu: até o muro de Berlim veio abaixo; eu não sou feita de concreto.
Eu escrevo cartas, e essa é uma delas, uma das poucas que foi endereçada, com o intuito de finalizar aqui o que me envolve por dentro. Imagino que eu não era a única que esperava as minhas palavras aqui, só temo pelo fato de ser aqui; mas eu ainda insisto que seja, a escolha foi minha.
Li esses dias por aí "Eu só quero que acabe logo pra virar texto". Não foi assim, eu exitei. Dei a mim mesma um tempo necessário para digerir o turbilhão de informações que recebi. Tudo bem, não foi um turbilhão, talvez tenha sido um balde de água fria. E eu sinto que eu ainda não escrevi tudo.
Mas menino, me explica, o que eu respondo para minha mãe quando ela diz: "Eu sei que aquela noite que você me ligou chorando não foi pela chapinha queimada, ou a nota baixa na faculdade. O que aconteceu Gaby?"
Talvez eu diga que as coisas não andam dando certo e que além disso a minha ficha demora para cair.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

E que passe.

E quando o clima não é animador, os versos que ouço também tomam essa forma. Quando trocamos o o claro do dia, pela calmaria da noite e as músicas agitadas, pela balada lenta do momento.
Quando isso acontece, o que nos resta fazer?
Não, eu não estou reclamando de nada.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Com relacionamentos anteriores aprendi...


Que sou chata. Que posso ser incrivelmente mimada. Que sei magoar, no entanto, pratico até a exaustão o pedido de desculpas. Aprendi que tudo deve ser detalhado e explicado. Deixar palavras e argumentos implícitos é entrar na zona de risco, comprometendo próximos passos.
Aprendi que devo mentir e omitir. A sinceridade pode atrapalhar e o que era para ser uma conversa tranquila sobre o tempo, pode se transformar em uma discussão sem pé nem cabeça. Eu nunca estou inteiramente certa, e me atrevo a dizer que nem completamente errada. Equívocos acontecem, e por que não ignorá-los?
Aprendi que você não deve acreditar quando lhe chamam de romântico. Existirá sempre alguém mais romântico que você, e isso lhe fará pensar que é um andróide do século XXI.
Umas das lições primordias: eu nunca vou estar satisfeita. Duvido que você sempre esteja satisfeito com tudo, pelo menos nesse caso eu assumo e afirmo. Quer que te liguem? Ligue primeiro. Quer conversar? Tome a iniciativa. Precisa de um tempo? Fuja sem deixar rastros. Quer ser compreendido? Compre um cachorro.
Aprendi que aquela frase "um gesto vale mais que mil palavras" traduz o momento de silêncio em que uma mão sobre a outra te faz se sentir alguém para alguém.
Aprendi que Vinicuis de Moraes era um sonhador, mas sua sabedoria ultrapassava o limite do real. "... que seja infinito enquanto dure."
Que eu não sou a única preocupada em sair/manter ileso. Mesmo sem querer eu posso machucar... mas não posso curar em todo momento.
E descobri, afirmei e me conformei com a ideia de que nunca provei de um relacionamento longo e com vasta aprendizagem. Fiz testes, recolhi informações e caí na mesma pergunta de sempre: eu sei brincar disso?

Sujeito a possíveis alterações. Abraço.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Manual Feminino: como lidar com a TPM em 22 passos

-Não me diga bom dia.
-Não deixe de me cumprimentar.
-Não me critique.
-Seja sincero.
-Não venha com assuntos polêmicos.
-Não deixe eu ser a última a saber das coisas.
-Não diga que eu estou brava.
-Não fale que estou manhosa.
-Não afirme que estou carente.
-Você ouve e concorda.
-Responde quando a resposta for solicitada.
-Identifica perguntas reciprócas, e fica calado.
-Não pergunte porque estamos chorando.
-Quando o problema é meu, ele é só meu, certo?!
-Eu estou certa e você errado, a não ser que concorde comigo.
-Você deve ter a sua opinião.
-Se sua opinião for contrária a minha me conte em um momento mais oportuno.
-Não dê trela as minhas provocações e grosserias.
-Não deixe de brigar comigo.
-Não perca o amor aos seus dentes.
-Por fim: me dê chocolate e estamos conversados.

Uma semana, todo mês, por muitos anos. Assim eu conclui que é questão de costume.

Manual especialmente dedicado ao meu ogro de estimação,
Guilherme Santana .

Assim


Só feche a porta.
Sente e tome essa cerveja comigo. Me conte como foi seu dia, o que te aborrece e para onde quer ir depois daqui.
Posso lhe oferecer um colo, a atenção que guardo e cultivo por aqui. Se isso não ajudar ainda posso te chamar para ficar comigo essa noite. Teremos tempo para conversar, aquelas conversas que há tempos não temos, sobre o irrelevante e cômico, sobre mim e você, quem sabe mais sobre mais sobre mim.
Já não falávamos do acaso, seu semblante desanimador polui tudo a minha volta. Eu ainda gosto de você, mas o que construímos só pode seguir adiante quando você desejar o mesmo que eu: que isso aconteça. Pense mais uma, duas, três, quatro, quem sabe cinco vezes. Prefiro números ímpares, e por fazer o que você não faz decidi ficar só. Esta noite, apenas uma, apenas eu.
Se deve esquecer o que eu lhe disse? Que pertinente indecisão, faça dela o que preferir.
E por favor, feche a porta ao sair.

Obs: Se eu tivesse um heterônimo, eu daria a ele os créditos desse texto.
Até meus queridos.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Uma, duas, três, sete,...vinte e quatro


Há algum tempo eu vinha reclamando da falta de tempo para o meu sono. Pois é, minha vida andava levemente atribulada e, desorganizada como sou, deixei meus afazeres para o último minuto. Entretanto, nessas férias suínas deparei-me com o tempo. Sim meus queridos: o tempo. Este mesmo que você conta nos relógios ou nas páginas do calendário. Impressionaste como 24 horas podem virar uma eternidade.
Ultimamente tenho dormido mais de 12. Vezes? Não, horas. E engana-se aquele que pensou que ao acordar estou com a pele perfeita e com a disposição a mil. Levanto com cara de poucos amigos e sem vontade de sair do lugar. Classifiquei este momento do dia como falta de coragem, afinal já não ando entusiasmado com qualquer coisa.
Meus amigos me perguntam: "que desanimo é esse Gabriela?" É minha gente, uma coisa que aprendi na faculdade foi viver sob pressão, e confesso que isso funciona com total eficácia no meu caso. Saber que tudo aquilo é para ontem, que sua casa está em uma situação deplorável e que (surpresa!) tudo deve e vai ser resolvido por você. Claro que com o jeitinho brasileiro damos uma volta na vida e atrasamos pelo menos um pouquinho o prazo de tudo isso.
Nessas horas de ócio tento tapear eu mesma: "vou lavar a louça!" Ledo engano, fico enrolando e até esqueço o que estava fazendo na cozinha. Óbvio que minha louça não se lavará sozinha, mas ah, deixa eu ser feliz com a minha louça suja?
Retomando meu drama da vez fiquei 48 horas sem colocar as fuças para fora da minha humilde residência. Não pense você que estou entrando em depressão, mas antes ficar de bobeira em casa do que na rua, certo?! E além disso, Londrina acordou com aquele típico clima sedutor que te faz pensar 7 vezes antes de jogar para escanteio o quente e aconchegante edredon. Me isolei. É repito: me isolei. Fechei meu casulo e resolvi ficar por aqui um tempo. Meu aniversário se aproxima e minha crise existencial está para bater na porta, e junto dela vem aquela outra, que tive o prazer de denominar como "É TUDO MEU". (Mimada é a m**)
É isso coleguinhas, termino por aqui dizendo que ainda não fechei para balanço, então dá tempo de bater no meu apê para fazer uma visitinha.
Até!
Beijomeinterfona :*

PS: Se vier, traz uma torta. Abraço.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Chora me liga!

"Você não me disse que estava indo embora." Essa frase não bateu como uma bola qualquer que quica, mas sim como uma pedra que cai ao chão e por lá fica. Fiquei sem palavras, por mais que meus amigos saibam que em determinada hora eu teria de ir, estes mesmos não se conformaram em saber que eu não estava mais lá. Não pelo fato de eu ter partido, mas sim pela falta de aviso.
Os momentos que passei ao lado deles foram ótimos. Adoro reencotrar aqueles que desde sempre compartilham das minhas aventuras, não que minha vida seja repleta de emoções. No entanto, confesso que apenas um sabia que meus dias em casa não estavam sendo dos melhores. Naquela sexta-feira em que minhas malas já estavam prontas pensei apenas em ligar para aquela que não via há dias, a mesma que não me ligou durante aquelas semanas e que quase nunca aparece. Planejei avisar a todos que fui embora quando chegasse na minha casa, acho que devo chamá-la assim. Eu confesso: não esperava que eles ficassem chateados.
Não queria ter de repetir a cada um o que se passou naquela casa, só queria esquecer que por uma hora não quis que meu irmão existisse. Pensando aqui com meus botões caí na realidade: eu ficaria irada em saber que eles foram sem se despedir.
Fui egoísta e me dei conta que eles não se importam comigo apenas quando eu me encontro ao lado deles. Eles pensam em mim, sentem minha falta, querem saber como eu estou. E eu? Estou mais preocupada com a roupa que eu vou usar hoje? Com a quantia de dinheiro que tenho para o almoço? Com a chuva que teima em cair? Pois é, acho que eu não acreditava fielmente na consideração deles. Fui tola ao pensar que um simples pedido de desculpas resolveria minha situação. Não sou a única com problemas por aqui, hoje mais do que nunca vi que o mundo não roda em volta do meu umbigo.
Gabriela, o que você vai dizer para eles agora? Que sente muito e que no fim do ano paga aquela torre de chopp que da última vez não tomamos? Que promete não dar mais foras ou algo do tipo? Que avisará formalmente o dia e horário que consta em sua passagem de volta? Acho melhor você pedir desculpas, dizer que não foi por mal e prometer que isso nunca mais vai acontecer.

Me desculpem Juliana, Jéssica, Victor e Guilherme. Eu não fiz por mal, e prometo que isso não vai se repetir.
Vou vê-los daqui a alguns meses e vou fazer vocês rirem disso.

PS: Nem em sonho em banco a torre sozinha. Tenho dito. haha

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quem tá falando? Sou eu

Eu respirei fundo, não faço isso muitas vezes. Há dias não nos falavamos, será que seria como antes?! Foi essa dúvida que me fez por uma hora ficar sem ação em frente ao telefone, pois é, estou com tempo de sobra.
Na primeira tentativa senti meu coração quase pular de dentro do peito. O mantra que eu repeti ajudou a perceber o quão juvenil eu estava sendo: "Gabriela, é só uma ligação!". Tentativa frustrada, ninguém respondeu, a linha caiu, no entanto eu ainda fiquei com o telefone nas mãos. Disse para mim mesma que mais tarde ligaria de novo.
Tentei outra vez, e não é que esse telefone teimava em tocar, tocar, tocar e me deixar cada vez ansiosa. Não era possível que ficaria mais um dia sem falar com ele. Você pode pensar, ficou tantos, um a mais um a menos, não vai fazer diferença. Enganam-se os que pensaram assim.
Depois de três tentativas já não tinha a mesma motivação, resolvi deixar para o outro dia. Finalmente nós falamos.
Não tive de esperar muito, a resposta foi rápido e me atrevo a dizer que houve uma supresa. Não que eu estivesse pensando que ele velaria o telefone o dia todo esperando minha ligação, mas por outros motivos me arrisco no palpite.
Eu estava crente que ia ser uma conversa pálida e sem sentido, mas não foi bem assim. A noite de segunda-feira ganhou um 'que' a mais depois dessa simples ligação. Foi pouco tempo, mesmo sendo viciada em conversas ao telefone, os cinco minutos foram suficientes. Suficientes para saber que amanhã eu posso ligar de novo e ainda ouvir: "que bom ouvir sua voz".



PS: Tá eu sou tonta, deixa eu ser feliz? haha

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Aqueles putos que eu amo!


Já fiquei três meses sem internet, três meses sem ver minha família, , cinco meses sem tomar refrigerante, um mês com o braço engessado, alguns meses sem beijar na boca e um ano sem computador em casa, entretanto, piro ao ficar algumas semanas longe dos meus amigos. Devo especificar quais: os da faculdade.
Não menosprezo meus amigos de infância ou de escola, mas acostumamos a nos vermos em certos horários ou até não nos vermos. Aprendemos a conviver com a falta de tempo e disposição, mas sabemos aproveitar o tempo que compartilhamos juntos e relembrarmos as histórias e apuros que passamos.
Os amigos a quem dedico esse texto são diferentes das amizades de antes. Por mais que você queira não consegue se livrar deles. Eu nunca tentei, mas imagino quão complicado isso deva ser. Percebi hoje que sempre reclamo quando estou longe deles, fico mais chata e difícil de lidar. Não é proposital, mas não luto para que isso deixe de acontecer.
Suas cabeças são mais abertas, despidas de alguns preconceitos e aptas a receber outras opiniões, isso não significa que irão aceitá-las, mas raros são aqueles que ouvem e seguem em frente sem uma dura objeção. Suas conversas sempre acabam no mesmo assunto, porém, me delicio percebendo como chegamos até ele. A qual assunto me refiro? Chuta! Sempre há novas histórias, ou alguém novo para contarmos as velhas. Até parece que na casa dos seus pais você vai rir absurdamente alto sem levar uma bronca, justamente por isso que me sinto a vontade para rir absurdamente alto as quatro da manhã, quando alguém tem a genial ideia de fazer pipoca com caldo de galinha, ou simplesmente soltar uma pérola que passaremos a diante no dia seguinte. Você pode receber visitas unisitadas as três da manhã ou uma interfonada para um terere as duas, duvido que isso aconteça na casa dos seus pais. Claro, pode acontecer, mas não todo dia.
Existe uma algo a mais que me deixa, nesta noite, com uma vontade absurda de voltar, no entanto fico receosa ao lembrar que meus amigos não estarão por lá. Que graça tem, né. Imagino todos os apartamentos vazios, os bares fechados e um silêncio incomum. Hoje eu poderia estar tomando chocolate quente com um deles, ou comendo pipoca com todos. Poderia estar jogando conversa fora, ou deitada na minha cama quase dormindo enquanto ouço eles conversarem a alguns passos de mim.
Seus gostos estranhos, cidades diferentes e sotaques familiares me deixam com saudade. Sei que vou vê-los daqui há alguns dias, mas confesso que minhas madrugadas acordada não estão sendo interessantes.
Favor encontrar-me todos no dia 3 de agosto. Isso não foi um pedido.
Até lá.

Obs.: E quem liga para minha montagem porca? Quem? Quem?

terça-feira, 21 de julho de 2009

'Se você não entende não vê...'

Meu médico do coração disse que tenho um sério problema com ansiedade, foi ele quem disse e quem sou eu para duvidar. Nunca assumo que existe um problema, e desconto em mim. Não, não me auto-flagelo, ou me mutilo, mas faço do meu corpo uma lixeira, consumindo todas as porcarias existentes e alcançáveis. A maneira que dava resultado era quando eu realmente encarava tudo de frente e brigava mesmo sem motivo. Eu era mais, mais, nem me lembro mais. Talvez eu era mais eu.
Assumo que nunca movi montanhas para mudar meu estado físico, mas já fiz algo e isso eles não podem negar. Sedentária? Agora, já fui mais ativa e mais leve. No entanto, quando a sua cabeça faz com que o seu coração fique mal, devemos mudar de estratégia. Me entupi de remédios, funcionou. Mas tudo que é bom dura pouco, ou o suficiente para te marcar e comigo não foi diferente. Por pouco não tive uma parada (não gosto de usar o termo completo), ainda me recordo dos rostos assustados que me levaram ao hospital. Esqueci de avisá-las que aquilo acontecia... Sei que seria um pouco em vão, afinal de contas elas não eram as únicas assustadas por ali.
Uma das lendas do uso de medicamentos é a volta do peso. Dito e feito, a lenda não é lenda. Estou pior que antes. Mais insegura, mais descontente, um pouco conformada, mas ainda de saco cheio. "Você está bem assim", "prefiro você sem os remédios", "ninguém liga, para com isso". Ah se eles enxergassem a minha maneira, talvez veriam o que eu vejo. Sou eu que ouço as críticas, sou eu que percebo os olhares ou a falta deles. Eu que sou comparada com a prima, com a vizinha, com a amiga. Eu.
Vocês não me ajudam mentindo para mim, e não me agradam dizendo a verdade. Podemos não tocar no assunto? Eu tento me resolver. Acho que já posso tomar as minhas decisões, afinal de contas o corpo já é meu, depois eu apuro as consequências...
Só não me venha agora com um "não é assim Gabriela".



Ps: Aquele a quem dediquei o post anterior foi quem não me fez bem hoje. O seu "eu falo para o seu bem" não me convenceu. Passa amanhã.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Meu encosto

Ele já leu meus diários, já quase me atropelou, quase me matou, me odiou por anos, já pediu para que eu não fosse embora, já pediu para eu ir, já me agradeceu em silêncio por ficar calada e mesmo ele não querendo vamos sempre estar ligados, afinal de contas irmão você não escolhe, você tem e ponto.
Eu não tive de esperar por ele, ele pelo contrário, aguardou nove meses para me ver. O menino mimado passou a me ver como inimiga. Como sei disso? Nas rodas de conversa em família sempre se descobre uma história por aqui e outra acolá. Fico atenta e aguardo o momento certo para pentelha-lo. Irmã caçula é um ser adorável.
Já brigamos feio, já bati porta e perguntei por que ele não ia embora, mas me arrisco a dizer que não fiquei mais de um dia sem falar com ele. Ai como suas manias são chatas, seu jeito empinado de dizer que estou errada, sua voz grossa e alta me calando e suas lições de moral... ah suas lições que teimam em me dizer o quanto sou inexperiente e tola.
Suas notas sempre foram as melhores, ele sempre foi o mais inteligente, o mais esforçado, o mais tudo. Pelo menos em casa sobrou para mim o título de mais mimada, não que isso seja motivo para orgulho, mas antes este posto do que nada.
Adoramos rir juntos, mesmo que seja de coisas diferentes, adoro discutir com ele sobre mau gosto e fofocar sobre a vida alheia. Brincar com a minha mãe deixando ela de cabelos em pé, correr atrás do último pedaço de pizza, ou tirar par ou ímpar para ver quem vai ligar para o cara do lanche é coisa que acontece a toda hora, mas não perde a graça nunca.
Ele me chantageia, não me deixa dormir, e prefere sempre a minha televisão, a minha cama e o meu quarto. Já paguei um real para ter o controle remoto em mãos por cinco minutos. Com a rapidez de uma lebre ele conseguia o que queria, no entanto, eu tenho algo que ele não tem: uma cara de choro muito convicente.
Não somos amigos, somos irmãos. Isso é fato. Ele nunca me chamou para sair, e eu muito menos. Seus amigos me conhecem, entretanto se vi três deles seus rostos já foram apagados por outros. Um dos meus passatempos na infância era mexer nas suas coisas, porém ter um irmão sistemático e chato é sinal de bronca na certa. Essa fase passou, mas como era divertido.
Ainda não perdi o costume de gritar: "Mãããããe, cadê a Coca que eu comprei???". Até meu cachorro já sabe a resposta: "O Tiago passou por aqui."
Ele está gordo, sempre foi feio e chato, e eu não sou parecida com ele. Ainda não sei como posso amar um ogro como ele, no entanto não teria graça se na nossa casa ele não existisse. Prefiro tê-lo por perto, assim tenho em quem botar a culpa pelo leite condensado roubado.
Vou ali tentar salvar o último pedaço de pudim e agarrar o controle remoto. Meu irmão está chegando.
Até mais.

sábado, 18 de julho de 2009

Onde foi parar?

Foram seis anos de amizade. Mesmo isso não sendo nada para a história da humanidade, para história da minha vida foi. Confesso que em principio não ia com a sua cara, cabelos longos meio gordinha e a insistente mania de me perguntar as horas.Ela não se foi, mas como sou convecional, gosto que as coisas as quais me dediquei continuem. Parar sem motivo aparente ou sumir sem deixar rastros não é uma boa atitude, não ao meu ver.
Ela me chamava de irmã, dizia que queria viajar comigo, que iríamos morar juntas e mesmo se isso não desse certo nossa amizade continuaria. Ela não era minha confidente, mas sentia isso por parte dela. Eu gostava da importância que ela me dava.Mas hoje penso se isso não era carência, se não era ciúmes por ver outros amigos denominando as amizades como 'amor de irmão'. Hoje é difícil chamar amigo de irmão, não sei se é válido. Pode ocorrer o mesmo com o novo 'irmão', prefiro não tentar, não tenho dois irmãos a toa.
Após minha aprovação no vestibular a nossa amizade mudou incrivelmente. Suas ligações não existiam mais, seus recados, emails, mensagens foram estranhamente sumindo. Eu errei em ter saído de casa e tomado um rumo diferente do imaginado? Eu sei que não, mas foi umas das respostas mais coerentes.
Dessa vez fui orgulhosa. Não pedi desculpas pelo erro que não cometi. (Sim, você leu corretamente 'os erros que não cometi'. O que não fazemos para manter uma amizade?! )Chega de escrever cartas, fazer cartazes e pular na frente de seu carro gritando 'eu te amo!'. Foram anos de amizade, depois desse tempo eu merecia sair por cima uma vez. Seis meses depois de ir embora da nossa cidade, escrevi uma carta de despedida, entretanto tenho a incorrigível mania de não colocar as cartas no correio, mas hoje me arrependi de não tê-la postado.Assim, não seria necessária a conversa torta e sem sentido que tivemos hoje.
Não sei brincar disso, não sei. Agora eu entendi o que me disseram: "não meça as amizades pelo tempo". O orgulho de gritar aos quatro ventos que nossa amizade era de seis anos tornou-se frustração no último gole de cerveja do meu copo."Eu pensei que estava tudo bem". Eu não levantei e fui ao banheiro porque eu não estava apenas com ela na mesa. Vontade de dizer: "onde você estava quando a nossa amizade levantou e foi embora? onde?"
Só desejo que ela sinta minha falta.
Sem mais.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Porque ele disse sim



Ele entrou pela porta da frente e se sentou. É bom saber que não preciso mais correr em círculos para ver uma cena dessas. Não preciso mais de argumentos, nem de tempo. Apenas preciso aprender que um pé na frente do outro é a forma mais sensata de seguir em frente. E já que agora é com ele que eu sigo, levar a lição a risca pode ser uma boa pedida.
Por mais que eu relute em admitir que nem tudo tem de acontecer da forma mais agradável para mim, eu ainda espero que o mundo realize as minhas vontades. Sim, meu momento criança chata "várias vezes" toma conta da minha cabeça. Ué, acontece.
"Vai sentir minha falta?-Só um pouquinho!". Eu não caí nessa. Sei brincar de ser durona, mas é tão chato que prefiro dizer o contrário: eu vou sentir sua falta.
Com as malas quase prontas e a vontade de ver meus amores, me lembrarei que ao voltar de casa vou ter ao meu lado aqueles olhos. Como isso deve ser bom.
É tempo de descoberta queridos, e só vou saber do amanhã quando ele tiver passado.

Eu vou, mas o cheiro dele vem comigo.
Sem mais.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Ô paulista, gaúcho, paranaense e afins


Incertezas? Sempre. Quanto a que roupa usar, ao que comer, a onde ir, e ao que estudar. Não estou empolgada, não estou desanimada, mas já posso afirmar que não estou mais angustiada.
As músicas mudaram de tom e me atrevo a dizer que cantarolei mais nesses dias.
Provarei do estar só, mas literalmente. Manter uma conversa "não-presencial" é coisa durissíma.
Prefiro o olhar no olho, o dar risada junto, e o estar perto.
Parei e pensei: o que será da minha semana sem ele?
Suas reclamações, seus pitis, sua risada hilária, suas muitas histórias, e o principal, sua companhia.
Queria que alguém lhe informasse, já que meu orgulho não me permite, que sua presença fazem os meus dias melhores, preenchem aquela parte que por motivos diversos ficaram vazias.
Encaixa, sabe!? Sem esforços, flui de uma maneira que me surpreende.
Um dia ele ainda vai perceber que meus gritos de "eu te odeio" dizem o contrário. Tudo bem, assumo, dessa vez, que algumas vezes foi a mais pura sinceridade. Ué, quem não tem a "crise dos cinco minutos".
Se ele não pensar em mim, uma pena. Mas vou fazer muita coisa lamentando que a minha "sombra" não está por perto, nem se for apenas para me cobrir a noite ou apagar a luz ao sair.

Bom recesso para ele. E por que não para mim?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Naa, na, na, nananana


Já estava perdendo o gosto de ficar na companhia da melhor. Por incrível que pareça o "estar ao lado" já faz bem.
Com acontecimentos anteriores aprendi que você sempre deve ter um 'step'. Aconselhei uma das companheiras de anos, que por motivos óbvios ficou para trás, a fazer isso. Um dia tudo pode dar errado e, o que lhe deixava segura e intocável, poderá tirar o seu chão. Ela aceitou e disse que estava ciente disso. Veremos, afinal nenhum de nós tem a capacidade de prever o futuro.
De ontem para hoje o alívio se fez presente. Falar ou escrever o que te perturba é uma coisa que aprendi, e que merece ser passada adiante.
O dia tem 24 horas, entretando me atrevo a dizer que meu sentimento por ela ultrapassa os ponteiros do relógio. Não é necessário uma demonstração de carinho a todo instante, o que tem de ser visto e compreendido já foi incorporado a nossa mente faz é tempo.
Suas certezas e convicções me passam a segurança de que não há problemas em pisar em falso, porém persistir no erro já é tolice.
Sua sinceridade conforta, as doses que recebo dela são necessárias para um convívio na medida.
Desisti de encaixá-la em alguma parte em minha vida, ela tem o incrível poder de se enquadrar em todas. E sem esforço.
Não sei o que seria de mim sem ela para me incentivar a fazer o certo e nunca desistir de fazer melhor.
Nunca expliquei a forma que sua presença me faz bem. Sabe de uma coisa, não precisa. Descobrimeros isso a cada dia.
Só queria dizer que meu amor é sincero. Só isso, sem meias palavras. E é com simples maneiras que tudo fica bem. O simples já me satisfaz.

Quem é ela? Só ela precisa saber.

WHATAFUCK?


Não sei quando posso confiar no ser humano.
Não sei quando o que eu escreve surte efeito. Não sei. Ponto.

Palavras que disse aqui te tocaram? Me diga. A cautela em não falar nada sobre isso me incomoda. Como prometido não tocarei mais no assunto, a não ser aqui. Preciso de algum escape, este apenas me ouvirá, comentários desanimadores ou esperançosos já não me satisfazem. Não surtem mais efeito.
Queria poder falar disso com ele, a pessoa mais interessada creio eu.
A quantas andas suas decisões... minha impressão é que elas não andam. São mais raras de se ver que o cometa Halley, pelo menos temos previsões de quando vê-las, as previsões do cometa, claro!
O que escrevi há dias é para ele e também não é. Decidi parar de pensar um pouco no próxima e centrar mais na Gabriela, a mesma que almeja algo que não é fácil e que cansou de carregar uma armadura para sua defesa.
Dessa vez só estou aberta a negociação. Aberta, nunca pensei que diria isso, bom que encontrei a liberdade de falar isso aqui.
Depois do dia 12 de junho as coisas estagnaram. Odeio isso, quando parece que vou receber uma resposta, nada mais acontece, ele some, ri, não se pronuncia e ainda me olha com um olhar indecifrável.
Não queria que ele pensasse que tudo que escrevo resume-se a isso, vale explicar que isso é uma fase, e nada mais justo que explana-la aqui.
Me perguntaram dias desses se eu usava minha agenda como diário. Tolos, meu ouro já foi entregue. Meu diário está bem a sua frente.
Posso não dar nome aos bois, ou redigir o que não lhe diz respeito, mas é aqui que a Gaby passa a ser Gabriela e fala com toda a sinceridade do ser.
Por favor, me explique se é difícil tomar uma decisão. Já deixei claro, claro até demais "quais são minhas intenções". Está ficando nesse chove não molha por opção? Hello, existe mais alguém, além de você, que precisa seguir sem dúvidas.

Só queria uma coisa: que você me dissesse "vamos conversar?".
Eu deixo você treinar a frase elaboradíssima que acabei de formular.
Você pode tentar? Ainda te dou a liberdade de dizer o que quiser depois disso, te dou até sugestões: ali, mais tarde, no msn, na sua casa...
Sua falta de posicionamento me perturba. Se resolva, antes que a ansiedade me devore.
Dessa vez não tem mais volta. O que fiz está feito, só não veja isso como um intimação, ao contrário, veja como um simples pedido.
Que essas palavras não te forcem a dizer o que você não quer; que não te deixe sem palavras e que não sugiram uma aproximação forçada. Um passo na frente do outro? Só me diga qual o destino que você quer para eles...

Da Gabriela.

Obs.: Já disse que esse é o último?

Se é que você me entende

Sabe quando as meias palavras já não lhe bastam?
Quando o ler nas entrelinhas incomoda seu dia e te faz pensar em coisas mirabolantes?
O momento que o jogar tudo para o ar deixa de ser uma boa ideia?
Ou será que essa foi a melhor ideia de todas?

As respostas ficam por sua conta. Por hoje eu procuro as minhas: em lugares comuns, mas em pessoas incomuns.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Finja que não é com você


Preciso de espaço. Sim, espaço para sentar na poltrona do ônibus e viajar em paz, espaço para cumprir meus afazeres, espaço para respirar.
Ando sufocada com uma certa insegurança. Travei, não saio do lugar. Sinto que os movimentos do planeta não estão refletindo em meu mundinho.
Foi em uma folha de caderno que eu vi revelações. Secretas palavras que eu descobri, palavras essas que me deixaram pouco contente. Esperei ouvi-las, mesmo que elas não fossem as mais animadoras ou perfeitas, mas antes tivesse as dito para mim.
Me disseram para desistir, porém não está sendo fácil. O dia-a-dia não perdoa. Corrigindo: aqueles cinco minutos ao dia não me deixam fazer o que é racional, o que é evidente. Não deixam.
Me afogo mais no vício, entretanto já não busco mais corrigi-lo. Quem se importa? Posso ouvir: "ela é jovem!". Sou mesmo.
A coragem me falta, mas não sei o que faria com ela. Me faltam palavras e argumentos. A resposta não será exata, por isso me esforço para esperar a certeza.. quem sabe assim eu não saia bem dessa história.

sábado, 13 de junho de 2009

Diz que sim, mas para mim




Sim, eu estou em um dilema. Queria voltar pra lá e resolver tudo, mas sinto que é praticamente impossível. Tudo é sempre complicado, isso me irrita. Dá pra parar, pelo menos uma vez, de tentar me fazer desistir?!
Eu não vou. Eu quero isso, quero e ponto. Quero provar do novo, dessa eu vez eu topei arriscar. Sempre fiquei com o pé atrás, mudei hoje, mudei para tentar fazer melhor.
Se não quiser, te peço, diga. Eu não sou adivinha. Quem dera tivesse uma bola de cristal. Fale o que você pensa, mas não tente me confundir com isso, posso entender errado e tomar atitudes erradas.
Você fala demais, mas não fala o necessário. Fala demais, mas não comigo. Ninguém vai resolver seus problemas, meu querido. "Se conselho fosse bom..." você sabe o restante. Não espere dos outros o que tem de vir de você.
Já é difícil lidar com os meus questionamentos e problemas. Eu não sou tão perfeita quanto você pensa. Mas eu espero nunca mais te falar que eu estou vulnerável. Foi apenas uma vez, não haverá outra.
Eu disse. Disse o que eu nunca tinha dito pra ninguém, mas isso pareceu tão sem importância. Me senti irrelevante. Tanto faz, comigo ou sem mim.
Pare e pense se eu caibo em sua vida, se alguém como eu é o que você precisa.
Se não for, ótimo. Ficarei feliz em saber. Assim, vou virar a página, sem cara feia, sem nada. Aprendi a lidar com rejeição e não sei brincar de odiar alguém depois de gostar dela. Se for pra odiar, odeio desde sempre e para sempre.
Eu não canso de dizer que complicar não é comigo. Isso deve te incomodar tanto, não é?!
Mas nem tudo que parece, é. Sabia que muita gente se faz de forte e inatingível só para se proteger. Bem vindo ao mundo real.
Hoje, fiz o contrário, mostrei que sou um ser humano. Tento de forma desesperada mudar opiniões, nunca fui tudo aquilo.
Eu falo demais, mas nunca de mim. Perceba isso, mas rápido por favor. Tenho ânsia em ter tudo resolvido. Não pensei que ia ficar assim, desesperada por um sinal de vida.
Vou travar assim que te ver. Seus olhos me intimidam, me intimidam muito. Você não é o único que tem esse poder, mas é o que faz com que eu abaixe o olhar.
Isso é um sinal, algo é diferente.
Não te conheço, e não fique bravo pensando que isso é drama. Pelo contrário, isso é fato. Suas reações são sempre inesperadas, seus passos são duvidosos, porém não são supreendentes. Seu medo me trava. Trava não, preciso dizer o poder que ele tem: ele me broxa. Sim, a palavra é horrível, mas você não sabe como ela cai bem no meu parecer.
Por vezes esperei uma atitude levemente cafajeste. É, mulher gosta de sofrer sabia. Não generalizo, mas uma grande parcela feminina assume isso. Supreenda-me, eu peço, isso não é nada demais.
Não existe nada, e eu não posso dizer "não existe nada, ainda". Difícil, não!?
Eu não vou mais tocar no assunto, é a sua vez agora. Não quero parecer insistente, o que por sinal, não sou mesmo. Gente chata é um saco.
Não vou me irritar. Seja o que você quiser daqui para frente, mas me deixe informada sobre as suas decisões, por agora o deixar rolar não cola comigo.

Até mais.

Entender: a palavra do dia


Será que tudo que sai da minha boca é tudo o que eu quero dizer?
Responda como prefirir. Eu acho que não. Eu falo demais, mas nunca falo o que quero. Não tente entender o vocabulário de uma mulher, as palavras sempre vão tomar significados distintos.
Aprendi há um tempinho que não é bom guardar apenas para você o que te aflige. Ainda não sei se isso é realmente verdade. Nem sempe alguém vai pode dizer algo que me conforte, ou uma solução para meu problema. Sem essa resposta eu ficarei frustrada, é fato.
É por isso que eu vou continuar levando assim: você vai saber o necessário para conviver comigo. Eu vou te ouvir, a todo instante, quando você precisar. Vou tentar formular frases bonitas e reconfortantes, que te ajudem, mas não me peça a certeza da eficácia. Objetividade pode ser uma atributo meu, mas a certeza passou bem longe de mim.
Mulheres são inseguras, logo, podemos ter aí uma explicação para as ambiguidades e dúvidas sobre o que dizemos. Não queremos que você entenda a risca o que choramingamos, você pode entender errado. Então, mais segura é a ignorância sobre o assunto. Precisamos ter algo para lamentar, do tipo: "Ele não me entende!". Óbvio, você não se deixa entender. Se nem eu te entendo, você não pode esperar de um ser que não possui a capacidade de fazer duas coisas ao mesmo tempo (fato) uma compreensão correta e clara, sobre todas as "bobagens" que você disse.
Não sou a favor do dicionário feminino. Se nós, mulheres, temos de entender o mundo masculino, com todas suas marcas de carro, jogadores de futebol e atrizes pornôs, nada mais justo que um entendimento sobre amor, atenção e bolsas.
Não sabe nada sobre isso? Joga no Google. Torne esta ferramenta seu (a) fiel escudeiro (a).
Acho que hoje compreendi que você finje que me entende pro seu bem. Para o nosso bem.

entender
en.ten.der
(lat intendere) vtd 1 Ter idéia clara de; compreender, perceber: Não entendeu o que eu lhe disse. vtd 2 Ser hábil, perito ou prático em: Entende vários idiomas. vtd 3 Crer, pensar: Entendo que você o conseguirá. vtd 4 Interpretar, julgar: Entendo que andas mal. vtd 5 Ouvir, perceber: Entendi mal o que me disse pelo telefone. vpr 6 Proceder de acordo; combinar-se, concertar-se: Raramente se acham dois parceiros que se entendam tão bem. Entenda-se com ele. vpr 7 Estar em boa inteligência ou em boa paz: Nunca mais se entenderam, depois da lua-de-mel. vpr 8 Chegar a acordo: Vá procurá-lo, pois falando é que a gente se entende. vti 9 Ter prática ou teoria: A velha entendia de curas e mezinhas. vti 10 Tomar conhecimento como autoridade competente: O tribunal eleitoral entende de votação e apuração. vpr 11 Dizer respeito a: Este comunicado só se entende com os contribuintes faltosos. vpr 12 Ter uso da razão: Assim tenho agido, desde que me entendo. Antôn (acepção 1): ignorar. sm Opinião, critério, juízo. Dar a entender: insinuar. Entender da poda: ser perito em um assunto, ciência ou arte. Eu cá me entendo: eu sei o que tenho de fazer; eu sei a que me ater. No meu entender: segundo a minha opinião.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Eu sei que você vai entender




Já é tarde, novamente. O tempo anda passando rápido demais. Tão rápido que as mudanças que eu esperava não aconteceram. Mais uma vez me decepciono com o ser humano. Posso não ser a mais corajosa do mundo, mas tento não incomodar. Ficar na minha é comigo mesma.
Hoje não queria fazer dramas, mesmo ele tomando conta do meu ser e ultrapassando o limite das minhas mãos.
Já se passaram três meses. Três meses do mesmo. Três meses sem ânimo. Três meses difícies. E ele ainda não faz parte de mim, ainda não me faz bem. Juro: pensei que ia ser diferente.
Minha imaginação sempre foi fértil, porém tudo que eu sempre imaginei não se realizou. Sabe aqueles crenças que o pessoal tem por aí, eu tenho a minha: "se eu imaginar, não vai acontecer".
Infelizmente, dessa vez aconteceu como de costume. Não sei se cabe a mim reclamar, as vezes esperando uma atitude minha ele aja. Aja firmemente, aja pra valer.
Mas acho que eu já cansei de esperar... minhas pernas estão cansadas. Já não sou tão durona quanto antigamente, mas garanto que estou mais calejado. Mesmo que isso não signifique nada.
Levar a mãos aos olhos em sinal de cansaço, sim, tornou-se costume.
Nessa terça-feira, cinco da manhã, não me sinto a vontade para escrever. Escrevo porque me senti na obrigação. Obrigação de fazer algo. Algo que leve à algum lugar, mesmo que eu não saiba onde.
Arrumei as malas, parto hoje. Parto para minha fortaleza, meu refúgio. Por lá, respirarei mais tranquilamente. (espero). Sentirei de novo os aromas daquela que sempre vai ser minha casa. Olharei para eles de novo e suspirarei aliviada por ter os que eu tanto amo no lugar de sempre, com aquele abraço, com aquela recepção e com o sorriso mais sincero.
Por mais que me sinta deslocada, sei que uma parte de mim se sente no lugar, encaixe perfeito saca!
Se não dá certo aqui, procuro por lá. A certeza de que não encontrarei o mesmo é presente e verdadeira. Mas posso tentar esquecer, fingir que não é comigo. Já fiz isso uma vez, a distância apaga. Funciona. Dê esse conselho a alguém: fique longe, você não vai morrer longe dele. Eu não morri.
Voltas e mais voltas, prolixa até demais. Mas quero, hoje, ficar assim. Quero que você não entenda o que falo. Meu egoísmo se apresenta em um estado crítico, logo, pensarei mais em mim do que nunca. Ele poderia pensar...

Será que ele pensa em mim?

Da, hoje, romântica,
Gabriela Pereira.


PS: Maldito dia dos namorados.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Com um pé na frente do outro

E aos poucos eu vou perdendo o medo de redigir, por aqui e acolá. Acho que minha insegurança surgiu no momento em que me vi na situação de 'estudante de jornalismo'.
Vou apostando no que está ao meu alcance. O restante, conquisto com o tempo e se o tempo quiser. Chega de julgar a mim mesma. Nem sei bem o que quero ainda. Então, já basta o que faço até aqui.
Esse é um daqueles textos para mim. Mas sinta-se a vontade para dar uma olhada.

"Já é tarde e mais e mais vou me perdendo em pensamentos. As lembranças que me recorrem são boas, mas deixam uma saudade que é insaciável. Saudade de não ter que se policiar quando digo ou faço algo. Cadê minha 'liberadade'!? Ok, me contento com o silêncio da falta de resposta.
Aos poucos tudo enjôa. Tudo. Sempre há novas coisas e novos caminhos, mas por hoje fico nessa estradinha de cascalho e levemente tortuosa. Onde ela vai parar não sei, entretanto não vai ser neste dia que vou mudar de idéia e ir pra lá, ali, para qualquer lugar.
Essas linhas fazem sentido pra mim. Espero lê-las daqui um tempo. Espero abanar a cabeça e respirar fundo dizendo: acabou! Preciso de mais paciência para mim, a minha apenas já não é mais eficiente.
Por vezes me sinto cheia de problemas, mas juro que são eles que perseguem. Talvez eu jure em falso.
A essas horas nem eu mesma me levo a sério. E você? Desconsidere o que leu, se por acaso leu. Hoje quem sentou aqui e escreveu foi meu stress. Abraço."

Minha criação de carneiros*


Dormir, dormir e dormir. Dizem que isso é uma das melhores coisas da vida. Claro, são em média oito horas dormidas, oito horas sem nenhum esforço, sem nada em mente. Essas horas têm um poder incrível, podem alterar todo seu dia, seu humor e disposição. Mas e quando a falta de sono insiste em te perseguir?

Virar a noite já está se tornando um hábito. Estou em busca de atividades para fazer nesse tempo, atividades que tentem me convencer que o sono é mais importante naquele momento. No entanto, tudo parece muito mais interessante quando seus olhos não querem se fechar. Noite passada planejei minhas férias. Nada de roteiros de viagem ou algo do tipo, apenas pensando o que irei fazer, quem visitar e em quais momentos. Em noites anteriores me empolguei com a possível adoção de um cãozinho, mas depois de algumas horas, quando o mau humor já se fazia presente, mudei de idéia. Afinal, ele seria mais um motivo para eu não dormir.

A falta de sono também prejudica seu dia. Após planejar minhas férias, apenas em pensamento, me dei conta que já eram cinco da manhã. Finalmente decidi “durmo agora, ou não durmo mais.” Estipulei um prazo, engraçado, mas curiosamente eficiente: 50 carneirinhos ou nada. E funcionou. Durmi, durmi, durmi, demais. Acordei com umas das piores caras, a de quem perdeu um compromisso importante. Parecia que meu encontro com o Getúlio Vargas tinha se perdido. Logo, comecei os insultos. A quem? A mim claro, “como posso ser tão irresponsável, a ponto de durmir demais em plena quarta-feira”. Ótimo, comecei com o pé esquerdo. Era só esperar o que viria.

Passei alguns minutos pensando comigo mesma na maneira mais sutil e firme de pedir desculpas a quem deixei esperando. Esses minutos se transformaram em horas. Não lido bem com pessoas de gênio forte. Tudo bem, até lido. Mas não sei brincar de brigar com elas. Não saía da minha cabeça a imagem da pessoa me dando uma voadora, ou, ainda pior, comendo meu fígado. Agora, percebi que isso era alucinação. Justamente por não conviver com canibais.

Nos fim das contas, não veio nada. A possível briga com a companheira de trabalho não aconteceu. Droga! Perdi meu tempo ensaiando alguns argumentos em frente ao espelho. O tempo sobrou e tudo foi se encaixando no desenrolar da quarta-feira. É impressionante como a falta de uma noite 'apagada' pode influir no seu dia. O mau humor passou. A noite vem se aproximando, mas o sono não. Entretanto, agora já tenho minha estratégia: até 500 carneirinhos. Dessa vez o sono não me escapa. E se escapar mando meus carneiros atrás dele.


*Crônica feita na aula de Técnicas de Reportagem e Pesquisa Jornalística II. O Profº Shoni nos perguntou se sabiamos contar uma história, e ao final da aula fez que nós mesmos compravassemos que sim. Enfim, todos nós podemos contar uma hsitória. Basta querer. :)