quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pelo que não é mais

Eu respiro bem fundo e vejo se meus pés estão firmes ao chão. É preciso ter sempre certeza e relembrar tudo o que foi dito, o que foi visto e o que não foi feito. Tentamos, isso não foi mistério para ninguém.
Entre tantas chances, buscas e reviravoltas, prometi que a última vez chegaria. Ela já passou.
Conversa repetitiva não me prende. Sempre gostei de ação e, por mais que eu já tenho dito, foi isso que eu esperei de você. Aquela ligação que você esperou eu também aguardei, a visita, o passeio, a confidência: esperei por todas elas em vão. Tudo tem de ser recíproco, e me surpreendo em pensar que os mínimos esforços sempre tornavam-se grandes acontecimentos.
Hoje, assumo que errei com você e com todos, mas não estou aqui por acaso. Não estamos aqui hoje, conversando de forma torta, nos tratando como se nossa história estivesse guardada em uma caixinha empoeirada, somente pelos meus erros.
Chegamos aqui hoje porque eu sou a Gabriela, que aprendeu aos pontapés o que é dividir e que achou que isso nunca seria preciso com você. Que aceitou sua felicidade, seu amor e decisões, como carta fora do baralho. Sou a garota que se afasta e se isola quando o papo não lhe diz respeito, que não gosta de fazer compras, que vai ao shopping para não ficar sozinha... mesmo odiando o clima e a caminhada desnecessária. Sou também a Gaby que mergulhou em mundo fashion que pouco conhecia, que já torceu pelo seu time e fez de tudo para estar perto de você, mesmo quando você não me queria por perto.
NUNCA achei necessário listar em tópicos e te apresentar de que maneira você também se distanciou e nem ao menos percebeu. Porque, eu não posso ser tão ruim ao ponto de destruir com o que eu mais amava.
Se você nunca foi forte, me contasse...dissesse ao pé do ouvido, juro, esse segredo seria apenas meu. Eu estaria aqui com o que fosse necessário para te fazer sorrir outra vez.
Me desculpe, mas não posso partilhar amor, tão pouco ser o seu papo de fofoca durante um encontro casual pela rua.
Queria apenas ser aquilo que nós fomos, aquilo pelo que eu me doei durante muito tempo.
Meu amor por você não é frágil, só está desacostumado a ser exposto. Eu ainda te amo, mas já não sei o quanto mais quero sofrer para sustentar tudo isso...não sei mais se vale a pena te fazer sofrer.
Eu ainda te conheço, mas é preciso você para me lembrar o que você quer que eu seja.

(desculpe pelas vírgulas mal colocadas e as frases sem sentido, precisa escrever antes que perdesse a coragem. antes que perdesse você mais uma vez.)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Platônico

"Eles não conseguem perceber como é real
que a gente se encante com alguém assim.
(...) e nada do que digam vai mudar o que pensamos.
Deixa estar, que agora vamos, já chegou."

Minha alegria de te ver todo dia mata menos de um décimo da vontade que eu tenho de ter aqui, ou de somente te conhecer. Muito prazer, meu nome é Gabriela. Sou eu que procura entre rostos o teu, que busca um dia ouvir tua voz e que já sonhou com você algumas noites.
Platônico, bonito, ingênuo, mas sincero. Queria te dizer, Desconhecido, que, mesmo sem você perceber, é por você que eu apareço. Ultimamente a companhia pouco importa, mas tenho sorte dela ser sempre boa, o que vale a pena é te ver naquela rua. Naquele bar. Te sentir passando ao meu lado. Ter a sorte de olhar no seu rosto e pensar baixinho 'que bonito'. Bonito.
Com a sorte que me acompanha acredito que um dia nos esbarraremos. Vou te pedir desculpas, fechar os olhos e seguir em frente. Coisa boba, mas minha.
Amanhã quero te ver novamente e me sentir aliviada por você ainda não ter partido. Ou voltarei sem esse seu encanto para casa.
Preciso esclarecer que isso não é amor, tão pouco paixão... posso dizer que algo muito bonito. Pode passar como a música que acabei de ouvir. Vai passar.
Boa noite, menino.