domingo, 2 de maio de 2010

Finito

Eu não vou mais abrir aquela porta. Não vou mais respirar do mesmo ar daquela sala. Só quero tempo, distância e sossego. Fique com tudo, esbanje, festeje e me esqueça. Eu nunca fui mais do que mais uma que lotava seu espaço. Será?
Suas lágrimas ainda estão no meu ombro. Seus problemas ainda perturbam minhas noite, mas chegou a hora do ponto final. Sem querido, meu bem ou amigo. Te dou de presente apenas minha indiferença, conquistada por poucos e nunca antes desejada.
Nessa brincadeira de tentar lhe guiar pelo caminho correto, fui jogada para fora da estrada como lixo. Desmoralizada. Sem forças, mas ainda em cima de um belo salto alto.
Não quero suas palavras, suas construções errantes, sem verbos conjugados e adjetivos desnecessários. A partir de hoje funciona assim: sem você, eu sou eu.

Seus belos olhos azuis não me confundem mais. Sua graça, bela risada e jeito desengonçado perderam o brilho naquela noite. Perdi seu telefone entre as lembranças, esqueci seu endereço na calçada ao lado. E quer saber, não doeu.

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