quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Assim


Só feche a porta.
Sente e tome essa cerveja comigo. Me conte como foi seu dia, o que te aborrece e para onde quer ir depois daqui.
Posso lhe oferecer um colo, a atenção que guardo e cultivo por aqui. Se isso não ajudar ainda posso te chamar para ficar comigo essa noite. Teremos tempo para conversar, aquelas conversas que há tempos não temos, sobre o irrelevante e cômico, sobre mim e você, quem sabe mais sobre mais sobre mim.
Já não falávamos do acaso, seu semblante desanimador polui tudo a minha volta. Eu ainda gosto de você, mas o que construímos só pode seguir adiante quando você desejar o mesmo que eu: que isso aconteça. Pense mais uma, duas, três, quatro, quem sabe cinco vezes. Prefiro números ímpares, e por fazer o que você não faz decidi ficar só. Esta noite, apenas uma, apenas eu.
Se deve esquecer o que eu lhe disse? Que pertinente indecisão, faça dela o que preferir.
E por favor, feche a porta ao sair.

Obs: Se eu tivesse um heterônimo, eu daria a ele os créditos desse texto.
Até meus queridos.

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