quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

De Londrina a Israel

Dei um gole comprido naquela cerveja quase quente, senti os olhos cheios d'água e não enxerguei em ninguém o que vejo em você. Era noite de carnaval, meu melhores amigos me rodeavam, a marca preferida de cerveja dentro da caneca e o olhar meio distante. A frase que eu uso para justificar algo a muitos serviu como uma luva: nem sempre se pode ter tudo. Entender e aceitar são atitudes distintas e confesso que aceitarei aos poucos, bem aos pocos.
Tenho a insistente mania de sofrer por antecipação, mas não consegui deixar de pensar em como tudo vai ficar depois que aquela porta for trancada pela última vez. Fui pega de surpresa, fingi não acreditar, pensei em te convencer a ficar, mas lembrei do tempo que te conheço. Não que seja uma eternidade, mas te conheço o suficiente para não fazê-lo.
Ah meu bem, venho descobrindo a duras penas que o 'para sempre' foi a invenção de um tolo que acreditou demais nas poucas certezas da vida. Pelo menos o que eu SEMPRE tive de você foi a sinceridade, o abraço apertado e o 'eu te amo' baixinho.
Eu seguro o choro quando penso que você está se despedindo antes de tudo acabar, mas tento me lembrar de que você não é o único amigo que eu perdi para a distância. Infelizmente.
O que me resta dizer é que eu deixo você atravessar o oceano com todas as lembranças e expectativas para sua nova vida. Eu também te amo, muito além do que você imagina, meu lindo. E eu ainda vou falar muito de você, ah se vou.


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