quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Para você, depois dos seis



A sinceridade dessa letra não é para mim, nem para você. Porém...

Eu não sei o motivo, mas hoje pensei em você o dia todo. Olhei para o calendário e vi que dia 27 de outubro não me lembrava nada em especial. Talvez seja culpa daquela música, ou daquela outra.
Fiquei quebrando a cabeça e contando meses, já são seis. Apesar de te ver todo dia, há meses não trocamos uma palavra. Silêncio e cabeça baixa, é assim que posso resumir nosso contato.
Vou te confessar que nessa contagem de dias, percebi que já não sinto tanto a sua falta. Por vezes até parece que você está apenas longe, e é muito estranho dizer isso. Falo de você sem nenhum aperto no peito, cito seu nome em algumas conversas e até dou risada quando lembro de algumas fotos e acontecimentos.
E tudo isso é bem diferente do começo dessa história, acho que te escrevi 7 cartas. Tive coragem de entregar apenas uma, mas recuei, como em todas as outras vezes quando enchi o peito para resolver tudo. Recuei porque é você. Recuei porque eu não te conheço há dois dias, ou dois meses: te conheço há dois anos. Independente do tempo, que ultimamente não tem significado muito coisa por aqui, usei de diversas formas para te descobrir. E o fiz. Se um dia talvez você ler esse texto, vasculhe nessa cabeça que teima em não esquecer nada, que essa não é a primeiva vez que digo isso de você.
Acho que nunca pensei em escrever sobre tudo o que aconteceu aqui, mas hoje é mais um dia qualquer, e duvido muito que as palavras que estão bem dispostas nessa página façam alguma diferença no que já passou.
Com o fechar daquela porta, eu engoli a única palavra que eu precisava te dizer. Foi como um reflexo, bem rápido. Mas foi.
Daquele dia em diante, não me preocupei em estar certa ou errada, me ocupei apenas em consertar as outras rachaduras que provoquei pelo caminho.
Eu me conheço melhor do que ninguém e sei que meu orgulho é pura invenção, mesmo quando provocado, até sendo pisado. É só charme, tenho uma força maior aqui dentro que me faz cócegas nas veias enquanto as coisas não são resolvidas.
Essa tal força me incomodou por alguns dias, mais algumas horas e já não consegue me vencer pelo cansaço tão fácil.
As perguntas 'sobre' já passaram há tempos e as 'por que isso não deu certo' tinham cessado até hoje. Que coincidência. O mundo sabe bem aprontar dessas com a gente.
Não pretendia te escrever nada bonito, só queria dizer que estou bem. Queria esclarecer que amizade é uma via de mão dupla e que seus amigos vão ser sempre seus, mesmo que também sejam meus.
E além disso, aquela carta vai ficar guardada, quem sabe daqui alguns anos ainda lembre seu endereço.

2 comentários:

  1. Olá moça! tempo q ñ venho aqui né! Saudade! Meu Deus! Terminei de ler seu texto e me vi totalmente nele, se parece muito com uns textos que escrevia a um tempinho atrás, achei legal me ver por aqui, me fez lembrar de como a gente muda com o tempo. Adorei! Ótimo feriadão pra vc!;)

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