sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sobre mim

Confesso: sou egoísta. E nem tento argumentar que esse egoísmo pode ser normal ou até mesmo bom. Egoísmo é égoísmo e fim de papo.
Quando paro e observo o que de diferente vem andando ao meu lado, vejo que mudei de um tempo para cá. Nunca fui de confiar muito no ser humano, guardava a sete chaves desejos, frustações, dúvidas e opiniões. Bom, nem tudo mudou. A insistente mania de pensar que os que me rodeiam é que devem reclamar, eu ainda não sofri como eles, seus problemas são realmente maiores, ainda não me abandonou. Será que estou sentanda em um bar, escorada no balcão vendo a vida de cada um passar, enquanto eu emudeço e me recolho? O papel de figurante talvez seja mais interessante: sem grandes aparições, sem expressão, nulo. Ser atriz principal da minha vida nunca esteve entre meus planos.
Assumi o perfil de amiga e isso por muito tempo foi o suficiente, até quando notei que eu era a única que participava só dessa brincadeira. Amigos são bons, mas não são tudo. Apesar de tê-los ainda existe a falta de um beijo de boa noite e um sorriso ao raiar do dia. Carência? Não. Falta de histórias, falta de riscos, falta de optar pelo incerto e descobrir o correto. A falta de sonhar com o dia de amanhã, de esperar pelo próximo fim de semana, de pensar alto e de estar... ao lado. Deve ser por isso, descobri que só tenho você para amar, egoísmo. Aceita ser meu par?



*música que tocava enquanto eu escrevia.

3 comentários:

  1. Ótimo texto moça, adorei mesmo. E um pouco de egoísmo de vez em quando, ñ faz mal a ninguém.

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  2. Você sabe que este papo de coadjuvante não cola, né? Talvez você nem se dê conta, mas é, ao mesmo tempo, personagem principal não apenas de sua vida como de muitos que te cercam.

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  3. O´timo texto Gaby!
    Confesso que tbm sou bem egoísta às vezes e nesse sentido mesmo.
    beeijos

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